Patrícia Bagniewski é formada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (UnB). ”Durante o período que estudei lá, tranquei a faculdade e fui morar em Londres, onde fiz meus primeiros cursos com o material vidro, que é o material principal que trabalho”, afirma a artista.
Apaixonada pelo material, fez workshops, cursos e estágios em fábricas de vidro soprado na Grã-Bretanha, na Suécia, no Brasil e no Japão, onde fez mestrado para continuar com suas pesquisas.
O conceito presente nas peças criadas em vidro pela artista joga com a dicotomia da leveza, da dança do olhar durante o processo de produção, o sopro que dá forma ao objeto. Sua produção é equivalente a um parto. A areia, material não transparente, se transforma num líquido que deve ser soprado, que precisa de muito calor. É um trabalho físico difícil. Requer força, tanto física quanto mental, ritmo e disciplina. É um material que instiga a artista visual por ser antagônico, porque ele brinca com os olhos, ao mesmo tempo permite a visão através da matéria e prende o olhar no objeto. Ele é frágil, duro e resistente.